sexta-feira, 8 de julho de 2011

Dia internacional sem ruído

No dia 28 de abril, quarta-feira, é comemorado o dia internacional sem ruído. 
No dia é realizado um minuto de silêncio absoluto. Esta data já foi celebrada 16 vezes.

De acordo com a subchefe do Departamento de Fonoaudiologia, Luciana Macedo de Resende, a intenção é chamar a atenção aos danos que o ruído causa à saúde auditiva. “Nós fazemos muitas coisas barulhentas sem nos dar conta. Batemos portas, arrastamos cadeiras, amassamos papel. Os efeitos disto tudo só é percebido quando fazemos silêncio, de verdade”, pondera.
O ruído excessivo na rotina diária causa stress,dores de cabeça,irritabilidade,insônia e ainda a perda auditiva.

ALGUMAS DICAS ÚTEIS:

  • Na cozinha, não ligue mais de um eletrodoméstico ao mesmo tempo! Utilize um por vez.
  • Ao utilizar secadores de cabelo por muito tempo, faça uso de protetores auditivos.
  • Utiliza a tv em volume baixo! O volume deve ser suficiente para ouvir os programas, sem ser ouvido em outros cômodos da casa.
  • Ao ligar o som em casa, utilize o volume sem exageros! Ou seja, sem incomodar os vizinhos e sem exigir que você fale alto ou grite quando o som estiver ligado.
  • Ao conversar com os amigos, fale baixo, evite gritar.
  • Em Hospitais, procure fazer o menor barulho possível: evite salto alto, fale baixo, e utilize o celular no silencioso! Os ruídos atrapalham a recuperação dos doentes.
  • Se você dirige, procure utilizar a buzina apenas em casos de extrema necessidade, não grite e não acelere provocando ruídos.
  • A partir das 22h deve-se respeitar o silêncio: é hora de descansar.
  • Leve um protetor auditivo de espuma moldável descartável para os locais onde o som possivelmente esteja alto.
Atenção:
Se você apresenta zumbido, dificuldade de entender o que as pessoas falam principalmente na presença de ruído, o mais indicado é procurar um especialista para a realização de um exame audiológico. Nem só os idosos apresentam problemas de audição! 
É necessário que os exames preventivos sejam realizados em todas as idades.

As comemorações do dia internacional sem ruído têm o apoio da Academia Brasileira de Audiologia e de diversas faculdades de Fonoaudiologia .

 * Uma campanha contra poluição sonora feita pela Prefeitura de João Pessoa e pela TV Cabo Branco:  http://www.youtube.com/watch?v=0LpHBP4iymg&feature=related

Fonoaudiologia: Audiologia


A deficiência auditiva ocorre em um grande número de pessoas e atinge crianças e adultos.  O impacto global da deficiência auditiva é significativo, causando atraso no progresso educacional das crianças e acarretando sérias conseqüências psicossociais para os que adquirem a perda auditiva mais tarde em suas vidas.

O fonoaudiólogo é responsável pela função social da audição e aborda a utilidade prática da capacidade auditiva, visando aumentar a habilidade do deficiente auditivo em lidar com situações de vida diária. O fonoaudiólogo especialista em audiologia, conhecido como audiologista, realiza diagnósticos, prognósticos e estabelece tratamentos ou auxilia no estabelecimento de condutas de outros profissionais da área da saúde tais como pediatras, otorrinolaringologistas, neurologistas, neurocirurgiões, geriatras, clínicos gerais e outros; Tendo como dever saber prestar serviços de prevenção, identificação e avaliação de problemas na audição; Seleção e avaliação de aparelhos de amplificação sonora; Habilitação/reabilitação oral de indivíduos com perda auditiva.
Um fonoaudiólogo terá as seguintes áreas de atuação na audiologia: clínica, educacional, escolar, industrial, infantil e neonatal. Podendo trabalha em: hospitais ou centros de saúde, empresas de aparelhos auditivos, consultórios, escolas, centros de reabilitação, indústria, universidades.
Realizará exames audiológicos e otoneurológicos: audiometria tonal limiar, audiometria vocal, índice de reconhecimento de fala, imitânciometria acústica, provas de função tubária, teste de reflexos estapedianos, emissões otoacústicas, audiometria de tronco encefálico, potenciais evocados de curta, média e de longa latência, monitoração transoperatória em neurocirurgias, vídeonistagmografia, vectoeletronistagmografia, rinometria acústica, exames de processamento auditivo central ;  O audiologista também seleciona e adapta aparelhos para corrigir a função auditiva e pode habilitar ou reabilitar deficientes auditivos. Este profissional deve ser consultado regularmente, desde os primeiros dias de vida, onde é realizada uma avaliação da capacidade auditiva do bebê ao nascimento, posteriormente ao completar 1 ano de vida, e ao entrar em idade escolar, ou quando apresentar quaisquer sintomas como dor, sensação de ouvido tapado, tonturas,  zumbidos (chiado), estalos, e dificuldades para ouvir.
A avaliação do processamento auditivo estuda a integridade e maturação do sistema auditivo central, identifica disfunções auditivas centrais e estabelece diretrizes para o programa de reabilitação e é composta por uma bateria de exames.
A audiometria é um exame que avalia a audição das pessoas. Quando detecta qualquer anormalidade auditiva permite medir o seu grau e tipo de alteração, assim como orienta as medidas preventivas ou curativas a serem tomadas, evitando assim o agravamento; Os principais tipos de audiometria são a audiometria tonal, que é considerado um teste subjetivo para avaliar o grau e o tipo de perda auditiva e a audiometria vocal, que pesquisa a capacidade de compreensão da fala humana.
A imitanciometria ou impedanciometria avalia as condições da orelha média e da tuba auditiva à timpanometria na ausência de perfuração da membrana timpânica; As alterações à imitanciometria também são freqüentes em idosos; O teste é realizado pela colocação de uma pequena sonda no conduto auditivo externo de um dos ouvidos e um fone no outro. Essa pequena sonda contém um sistema que injeta e remove pressão, um pequeno canal que fornece estímulo sonoro e um outro que, conectado a um registrador no aparelho, avalia o grau de deslocamento do sistema tímpano-ossicular, em resposta à variação de pressão ou ao estímulo sonoro.
Emissões Otoacústicas são sons provenientes da cóclea - órgão sensorial responsável pela audição - após a apresentação de um estímulo sonoro. O método não tem o objetivo de quantificar a deficiência auditiva, porém detecta a sua ocorrência, visto que as Emissões Otoacústicas estão presente em todas as orelhas funcionalmente normais. Elas deixam de ser observadas quando os limiares auditivos se encontram acima de 30dBNA, ou seja, quando existir qualquer alteração auditiva.
Deve-se procurar um audiologiasta quando: sentir de dificuldade auditiva, presença de sinais ou sintomas auditivos ou otológicos, antecedentes familiares com problemas auditivos, desenvolvimento de linguagem alterado; E mais: dificuldade para escutar em lugares em que as fontes de som estão distantes (teatros, cinemas, salas de reuniões, palestras, etc),
dificuldade para escutar televisão e/ou telefone, dificuldade para entender a conversação em um grupo de pessoas, “ouço, mas não entendo o que as pessoas falam” costuma ser uma queixa freqüente.
Haverá uma entrevista inicial onde o fonoaudiólogo terá o seu primeiro contato com o paciente, fará uma primeira avaliação auditiva e levantara informações sobre as condições auditivas. A partir das informações trazidas pelo paciente é possível: avaliar qualitativamente sua audição, determinar o impacto da audição na comunicação, elaborar hipótese sobre os possíveis resultados.
Os indivíduos afetados por uma perda auditiva geralmente desenvolvem formas para tentar ouvir melhor em situações difíceis. Estas formas incluem: pedir aos outros para repetir o que falaram, aumentar constantemente o volume da TV (rádio...), evitar reuniões sociais, fingir entender a mensagem recebida. A perda de audição, quando não reparada, pode causar isolamento, sentimento de inferioridade, depressão e ansiedade, além de conflitos com as pessoas de seu convívio, seja pessoal ou profissional.
Existem mais de um tipo de perda auditiva dentre elas podemos listar: perda auditiva condutiva, ocorre quando há algum tipo de lesão na orelha externa e/ou média; Perda auditiva neurossensorial, ocorre quando há lesão na orelha interna, nas células ciliadas da cóclea ou no nervo auditivo; Perda auditiva mista, ocorre quando há uma lesão que se apresenta simultaneamente na cóclea e na orelha externa e/ou média; Perda auditiva central, este tipo de deficiência auditiva não necessariamente apresenta-se com diminuição da sensitividade auditiva, mas manifesta-se por dificuldades na compreensão dos sons. Os limiares auditivos estão normais, porém existe uma lesão nas vias auditivas superiores (sistema nervoso central).
E também existe mais de um tipo de aparelho auditivo sendo eles: adaptação aberta, composto por um aparelho mini-retroauricular e um fino tubo plástico que é inserido no canal auditivo. Este modelo é muito discreto e adapta-se bem a perdas auditivas de grau leve a moderado, com maior perda nas freqüências agudas; Retroauricular, usado atrás da orelha, é acoplado a um molde de acrílico ou silicone. Este modelo é potente e versátil, adapta-se a todos os tipos de perda auditiva. Disponível em diferentes cores; Intra-canal, Usados dentro da orelha, mais especificamente, no canal auditivo. Pode ser adaptado a perdas auditivas de grau leve a moderado; Microcanal, usado dentro da orelha, fica totalmente inserido no canal auditivo, ficando praticamente imperceptível. Pode ser adaptado a perdas leves e levemente moderadas.
É muito importante retornar ao Fonoaudiólogo para que ele possa acompanhá-lo e auxiliá-lo no processo de adaptação, esclarecendo suas dúvidas e dando todas as orientações para o melhor aproveitamento dos recursos disponíveis em seu aparelho auditivo.
Sendo a saúde nosso maior bem ou patrimônio, não há motivos para cuidarmos tanto do nosso corpo sem darmos a devida importância para a nossa audição. Algumas maneira de se cuidar são: ao ouvir música com fones de ouvido, ouça em volume médio; Não ouça música por muito tempo, o uso excessivo pode causar muitos problemas à membrana do tímpano;  Ao limpar os ouvidos com o uso de cotonete, inseri-o devagar no ouvido e faça movimentos rotativos, mas sem pressioná-lo para dentro; Para a limpeza, nunca utilize cabo de objetos (escovas de dente, pentes, etc.) pois além de afetar o tímpano, pode causar a perda total da audição;

Fonoaudiologia: Conselho e ética profissional


A fonoaudiologia, como acontece com várias outras profissões, possui um Conselho Federal e vários Conselhos Regionais. Todos eles têm suas funções regidas pela lei 6965/81 e constituem, em conjunto, uma autarquia federal vinculada ao Ministério do Trabalho.
O CFFa (Conselho Federal de Fonoaudiologia) iniciou suas atividades em 1983. Tem uma função normativa: define as normas e atos que guiam o profissional. Também fiscaliza e acompanha as ações dos Conselhos Regionais, prestando contas ao Tribunal de Contas da União. Os Conselhos Regionais (CRFa) zelam pelo cumprimento do que está previsto no Código de Ética Profissional, nas resoluções e portarias do Conselho Federal, orientando e fiscalizando o exercício profissional na área de sua jurisdição.
Ao zelar pelo exercício regular da profissão, o Conselho não protege apenas o profissional. Também proporciona melhores condições para que a população tenha um atendimento adequado ao consultar um fonoaudiólogo.
As eleições acontecem a cada 3 anos, indiretamente para o CFFa e diretamente para o CRFa. É escolhida uma chapa composta por 20 fonoaudiólogos que assumirão a gestão do Conselho até a próxima eleição. Os membros eleitos são divididos em efetivos e suplentes. Os 10 membros efetivos compõem o plenário. Eles reúnem-se em intervalos de, aproximadamente, 3 meses, em Sessões Plenárias Ordinárias, para discussão das principais diretrizes do Conselho. A diretoria é composta por 4 conselheiros efetivos, sendo um presidente, um vice-presidente, um secretário e um tesoureiro.
Os Conselhos também possuem assessorias, funcionários administrativos (contratados por meio de concurso público) e fiscais fonoaudiólogos também contratados por meio de concurso público que, juntamente com outros conselheiros fiscais, realizam o trabalho de orientação e fiscalização do exercício profissional.
Além do Conselho ainda existem o Sindicato e a Sociedade de Classe da Fonoaudiologia. O Sindicato é uma pessoa jurídica de direito privado que defende o interesse de seus filiados, negociando o piso salarial, a jornada de trabalho e a tabela de honorários. Ou seja, estuda e coordena interesses econômicos e profissionais. Já a Sociedade de Classe prioriza os aspectos sociais, culturais e científicos. É regida por um estatuto, que normatiza as finalidades básicas da instituição e especifica seu funcionamento. Na fonoaudiologia, as Sociedades são mantidas pela contribuição de seus sócios. O dinheiro arrecadado é utilizado em promoções de eventos científicos e culturais, como palestras, jornadas e congressos.
Em 15/09/84, foi aprovado o primeiro Código de Ética da fonoaudiologia que elencava os direitos, deveres e responsabilidades do Fonoaudiólogo, inerentes às diversas relações estabelecidas em função de sua atividade profissional.
O crescimento da profissão, a ampliação do mercado de trabalho do Fonoaudiólogo e uma maior conscientização da categoria têm levado os Conselhos de Fonoaudiologia à revisão de toda a sua Legislação. O primeiro fruto deste esforço conjunto foi a elaboração de um Código de Ética novo, aprovado em 17/12/95.
Os princípios gerais da ética do fonoaudiólogo dizem que se deve exercer a atividade em benefício do ser humano e da coletividade, mantendo um comportamento sem discriminação. Deve manter-se atualizado para melhor atender o paciente e propagar a harmonia da classe.
Os direitos dizem que se tem o direito de exercer sem ser discriminado, com autonomia e liberdade de convicção. Pode-se fazer avaliação, solicitação, elaboração e realização de exame, diagnóstico, tratamento, pesquisa, consultoria, orientação, administração e demais exercícios relacionados.  Também é um direito do fonoaudiólogo a realização de estudos e pesquisas, a liberdade de opinião e manifestação e a consultoria ao Conselho em caso de dúvidas em relação ao código.
Juntamente com os direitos vêm os deveres: cumprir o Código de Ética, exercer a atividade utilizando os melhores recursos para o bem-estar do cliente e da coletividade, recusar-se a exercer a profissão em condições não dignas, insalubres e inseguras, assumir responsabilidade pelos atos praticados, manter a privacidade do cliente, utilizar seu nome e número de registro no Conselho Regional no qual estiver inscrito, em qualquer procedimento fonoaudiológico, acompanhado de rubrica ou assinatura, colaborar, sempre que possível, em campanhas que visem o bem-estar da coletividade e tratar com urbanidade e respeito os representantes dos órgãos representativos de classe, facilitando o seu desempenho.
Claro que, como em qualquer profissão, existem direitos e deveres. Com eles vem a consciência do profissional e a ética, sempre pensando no bem-estar do paciente, na sua melhora e promoção de saúde.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Áreas de Atuação da Fonoaudiologia


Esse post, tem por finalidade mostrar, em um brevíssimo resumo, algumas das possíveis áreas de atuação da Fonoaudiologia.
Conforme a Lei Federal 6965/81, que regulamenta a profissão, o Fonoaudiólogo pode atuar na área da Linguagem, Audição, Voz, Motricidade orofacial.

Linguagem: Avaliação e tratamento dos os aspectos relacionados à aquisição, desenvolvimento e distúrbios da linguagem oral e escrita, como: desvios fonológicos, gagueira, dislexia, afasias, etc.
Audição: Avaliação audiológica através de exames como audiometria tonal liminar, medidas de imitância acústica, emissões otoacústicas, avaliação comportamental, potenciais auditivos evocados, avaliação vestibular e avaliação do processamento auditivo, e reabilitação auditiva através da seleção, indicação e adaptação de aparelhos auditivos, programação do implante coclear e reabilitação vestibular. 
Voz: O fonoaudiólogo atua na prevenção, avaliação e tratamento dos distúrbios vocais, na promoção da saúde vocal, e no aperfeiçoamento e estética vocal, principalmente dos profissionais da voz, como cantores, atores, professores, locutores, telefonistas, etc.
Motricidade orofacial: Trabalhar a musculatura da face, da boca e da língua. Nesta área, a atuação pode ter objetivos terapêuticos, no tratamento de problemas relacionados à sucção, mastigação, deglutição (disfagia), respiração e fala. 

Post embasado no CRFa 7ª Região  http://migre.me/53inx
 

terça-feira, 31 de maio de 2011

"De todas as coisas que possas usar, a tua expressão é, seguramente, a mais importante."
John Ruskin

segunda-feira, 23 de maio de 2011

História da Fono no Mundo

A Fonoaudiologia é uma ciência estudada nas universidades em mais de cem países do mundo e existe formalmente há mais de um século. Sua primeira referência é de 1900, quando a Hungria reconheceu a profissão e criou a primeira faculdade de Fonoaudiologia no mundo.
A história da fonoaudiologia, assim como muitas profissões da área da saúde, inicia-se com a medicina, há milhares de anos atrás, quando as pessoas eram curadas por magos ou sacerdotes. Naquela época, a população acreditava que as doenças eram obras dos deuses, que usavam-se desse artifício para castigar os humanos. Eles pensavam que a pessoa doente estava endemoniada. Como os magos eram responsáveis pela cura, eram considerados seres superiores.
Um hieróglifo datado de 2000 a.C., já demonstrava a patologia da linguagem. Também, na Bíblia, há relatos de pessoas com gagueira. Mas foi com o advento da escola filosófica pré-socrática que surgiu a separação entre cura dos deuses e tratamento médico racional.
Segundo registros, o primeiro a estudar a anatomia, patologia e terapêutica da boca, sem se deixar envolver por crenças, foi Hipocrates. Já no século XVI, na Espanha, Ponce de Leon trabalhou para oralizar os surdos. Icheramenr, um fonético alemão, faz uma descrição do modo de articulação de sua língua materna e um monge, chamado Coitie, em 1579, publicou o primeiro livro sobre audiologia do mundo “Auditus instrumento”.
No século XVII, conhecido como século das vozes, a medicina ainda era muito experimental, fazendo com que ainda não se tivesse um vasto conhecimento de fonoaudiologia. Já no século XIX, aumentou o conhecimento de filosofia. Porém, ainda não se tinha uma solução para os problemas linguísticos. Ainda nessa época, houve uma evolução com o surgimento do laringoscópio.
Finalmente, no século XX, a fonoaudiologia é reconhecida como profissão. Entre as décadas de 30, 40 e 50, os profissionais responsáveis pela correção da fala eram ligados ao magistério, à atividade pedagógica do professor. Entretanto, era necessário uma especialização, algo que fosse ligado a área médica, para que houvesse uma melhor compreensão do corpo e do distúrbio.
Com a ocorrência da Primeira e da Segunda Guerra Mundial, surgiram incidências de acontecimentos neurológicos que causaram problemas de locomoção e linguagem. Com isso, a área do fonoaudiólogo foi se aproximando da do fisioterapeuta e daqueles responsáveis pelas terapias ocupacionais.
Os primeiros cursos de fonoaudiologia só surgiram na década de 60. Com isso os profissionais dessa área podiam se tornar especialistas, aprendendo mais sobre a técnica e sobre a prática. Assim, os problemas que, antigamente, as pessoas deixavam que o tempo curasse, podiam, finalmente, ser tratados por profissionais de nível superior.
Conforme a fonoaudiologia foi se tornando conhecida, muitas associações foram criadas. Um exemplo é a American Speech and Hearing Association (ASHA), que, recentemente, mudou o nome para American Speach, Hearing and Language Association, mas permaneceu com a mesma sigla.
Ainda na década de 60, foi elaborado, nos Estados Unidos, um código de ética que deve ser conhecido e cumprido por todos os profissionais de fonoaudiologia. Esse código é constantemente revisto e publicado pela revista da ASHA.
Durante muito tempo, coube aos fonoaudiólogos a tarefa de lutar sozinhos pelo reconhecimento na sociedade, por seu lugar no grupo de profissionais de nível superior. Essa luta foi feita por cada um no seu cotidiano, na sua tentativa de crescer profissionalmente e mostrar para a sociedade um trabalho de qualidade, útil para a população. Depois de tanto esforço, a profissão passou a ser vista como membro de uma equipe que envolve outros profissionais, como psicólogos, médicos, dentistas e fisioterapeutas. E é com essas áreas que ele dialoga e estuda os casos para melhor atender as pessoas que possuem alguma dificuldade tanto na fala quanto na audição.
Agora, no século XXI, os fonoaudiólogos adotam novas condutas e posturas, atitudes diferentes daquelas tomadas pelos que trabalhavam com a fala há séculos atrás. Porém, o objetivo ainda é o mesmo: cuidar e dar atenção ao seu paciente.